O primeiro aumento de alíquota em 2025,
anunciado em fevereiro, segundo justificativa
apresentada pelo governo Trump, fazia parte
de uma estratégia para priorizar a indústria
nacional americana e fortalecer a economia
do país. A ação, que já tinha acontecido em
2018, no primeiro governo do republicano,
veio em resposta a um pedido feito em setem-
bro de 2024.
As grandes siderúrgicas americanas solicita-
ram ao Departamento de Comércio e à Comis-
são de Comércio Internacional a aplicação de
tarifas antidumping sobre aço laminado plano
resistente à corrosão importado de dez países,
incluindo o Brasil.
A segunda investida aconteceu em junho, quan-
do tarifas de 50% sobre aço e alumínio entraram
em vigor. Nas redes sociais, o presidente justifi-
A publicação da ordem executiva do governo
americano, no dia 30 de julho, fez com que a
empresa revisasse os planos e antecipasse a vol-
ta das operações para após a manutenção pla-
nejada. O CEO da Fergubel, André Ribeiro Cha-
ves, também participou de uma comitiva que se
reuniu com o senador do PSD por Minas Gerais,
Rodrigo Pacheco, e o ministro de Minas e Ener-
gia, Alexandre Silveira, em Brasília.
“Recebemos essa notícia com certo alívio, espe-
cialmente diante da retirada da tarifa adicional
de 40% sobre o ferro-gusa. Ainda permanecem
os 10% da tarifa da Section 232, e vale lembrar
que o setor já vinha operando com prejuízos an-
tes mesmo da imposição dessa nova carga tribu-
tária. A isenção anunciada representa um avanço
importante, pois permite que as usinas retomem
as operações com um pouco mais de fôlego. No
entanto, seguimos atentos à necessidade de re-
dução de custos estruturais, para que seja possí-
vel recuperar margens mínimas de rentabilidade
e retomar os investimentos no setor. Esperamos
que as condições que favoreceram essa deci-
são sejam mantidas, garantindo previsibilidade
e segurança jurídica para que o setor produtivo
possa seguir contribuindo de forma sólida para a
economia”, afirma Chaves.
cou a decisão de dobrar as taxas em "proteger
ainda mais a indústria siderúrgica americana".
Em 9 de julho, o tarifaço de 50% foi dedicado ex-
clusivamente ao Brasil e é composta por fatores
políticos e econômicos. “A ideia de taxar as im-
portações para promover a indústria local não é
nova, mas o governo Trump erra ao não compre-
ender que a construção de uma aciaria leva, pelo
menos, três anos e que, enquanto isso, a indústria
de transformação e, consequentemente, os con-
sumidores norte-americanos vão sofrer”, avalia o
presidente-executivo do Instituto Nacional dos
Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro.
E, finalmente, em 30 de julho foi publicado um
decreto executivo que oficializou a tarifa de 50%
sobre os produtos brasileiros. O documento ex-
cluiu produtos siderúrgicos da lista, que volta-
ram às tarifas anteriores.
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Revista Mineração & Sustentabilidade | Julho e Agosto de 2025
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