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Em meio à turbulenta relação econômica en-
tre Brasil e Estados Unidos — marcada pelo
aumento de tarifas sobre diversos produtos
brasileiros — os minerais estratégicos devem
entrar na pauta das negociações bilaterais. Os
Estados Unidos, que não dispõe de ETRs em
volume considerável, têm buscado obtê-los
por outros meios. Meses atrás, o presidente
Donald Trump cogitou a anexação da Groen-
lândia, território rico nessas substâncias; exi-
giu que a Ucrânia compensasse a ajuda mili-
tar dos EUA na guerra contra a Rússia com o
fornecimento de ETRs; e chegou a negociar
com Xi Jinping a redução das tarifas aplicadas
à China em troca do acesso a esses minerais.
Agora, os olhos de Trump estão direcionados
ao Brasil. O Instituto Brasileiro de Mineração
(Ibram) confirmou a informação de que o
encarregado de negócios da Embaixada
dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Esco-
bar, indicou o interesse norte-americano em
estabelecer acordos com o Brasil para a aqui-
sição de minerais considerados estratégicos.
Enquanto o presidente Lula adotou um dis-
curso defendendo a soberania e afastando
as chances de os ETRs se tornarem moeda
de troca para o arrefecimento das tarifas im-
postas por Trump, o ministro da Economia,
Fernando Haddad, indicou a possibilidade de
acordos de cooperação e expôs a necessidade
de o Brasil se beneficiar por meio do estabele-
cimento de parcerias com os diversos atores
internacionais, in-
cluindo a China,
os EUA e o bloco
Europeu.
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Revista Mineração & Sustentabilidade | Julho e Agosto de 2025
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