no semestre, enquanto o ouro valorizou 39,3%, re-
fletindo diretamente no ganho de receita.
O minério de ferro respondeu por 63% das ex-
portações, totalizando US$ 12,7 bilhões (-17,4%
em dólar), ainda que o volume em toneladas
tenha aumentado 3,8%. Exportações de cobre
somaram US$ 2,1 bilhões (+14,4%), nióbio US$
1,23 bilhões (+7%), manganês US$ 56 milhões
(+102,4%) e pedras/revestimentos somaram US$
739 milhões (+23,8%). Houve retração nas ven-
das externas de bauxita (-11%) e caulim (-2,3%).
A importação de potássio representou US$ 2
bilhões (+6,6%), enquanto enxofre apresentou
elevação de 106,7% (US$ 238 milhões). As im-
portações de carvão (-25,3%) e rocha fosfática
(-23,3%) foram reduzidas.
TRIBUTOS E CFEM
O recolhimento tributário pela mineração so-
mou R$ 48 bilhões (+7,5%) no primeiro semes-
tre, em relação a 2024. No âmbito da CFEM, o
setor arrecadou R$ 3,7 bilhões (+1,4%), desta-
cando-se o ferro (69,4% da CFEM) e os estados
de MG (45,3%) e PA (39,2%).
MAIORES PRODUTOS
Liderados por Minas Gerais (R$ 55,3 bilhões), Pará
(R$ 48,1 bi) e Bahia (R$ 6,7 bi), outros estados tam-
bém se destacaram no faturamento do semestre.
Goiás com R$ 5,5 bilhões, São Paulo R$ 5,2 bi-
lhões e Mato Grosso com R$ 4,3 bilhões também
permanece entre os maiores produtores.
Dentre os 15 municípios com melhor desempe-
nho e arrecadação estão três do Pará e 12 de Mi-
nas Gerais. Destaque para Canaã dos Carajás (PA)
com R$ 608 milhões, arrecadados via CFEM no
primeiro semestre, seguidos por Parauapebas
e-Digital
(PA) R$ 485 milhões, Conceição do Mato Dentro
(MG) R$ 237 milhões, Marabá (PA) R$ 186 mi-
lhões e Congonhas com R$ 163 milhões.
MINERAIS CRÍTICOS E ESTRATÉGICOS
O faturamento em minerais críticos alcançou
R$ 21,6 bilhões (+41,6%). As exportações desse
segmento totalizaram US$ 3,64 bilhões (+5,2%)
e 3,58 milhões de toneladas.
Dos US$ 68,4 bilhões de investimentos previs-
tos para os próximos 4 anos no Brasil, o Ibram
estima que US$ 18,45 bilhões sejam somente
para minerais críticos e estratégicos. O instituto
também chama a atenção para a necessidade
de políticas públicas, fundamentais para seto-
res como transição energética e tecnologia in-
dustrial avançada.
NOVAS TARIFAS E DIVERSIFICAÇÃO
Segundo o Ibram, as novas tarifas aplicadas
pelos EUA, vigentes a partir de agosto (+40%),
afetarão aproximadamente 24,4% das expor-
tações minerais, notadamente pedras/rochas
ornamentais, caulim, pentóxido de vanádio,
alumínio, cobre e manganês. Outros produtos,
como minério de ferro e ouro semimanufatura-
do, permanecem isentos.
Atualmente, cerca de 4% das exportações bra-
sileiras de minérios destinam-se aos EUA, com
destaque para pedras ornamentais (57,6% do
valor), vanádio (34,1%) e nióbio (8,1%).
O setor ainda se manifesta apreensivo quanto à
adoção de medidas de reciprocidade tarifária,
que poderiam gerar elevação anual de custos
estimada em US$ 1 bilhão, com impacto nega-
tivo sobre competitividade e investimentos em
capital produtivo, segundo avaliação do Ibram.
Revista Mineração & Sustentabilidade | Julho e Agosto de 2025
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